Com baixa procura, antiviral contra Covid empaca no SUS enquanto doença ainda mata mais que dengue

Com baixa procura, antiviral contra Covid empaca no SUS enquanto doença ainda mata mais que dengue

Enquanto o coronavírus segue matando mais do que a dengue no Brasil, o Paxlovid, primeiro remédio para casos leves de Covid-19, continua subutilizado no Sistema Único de Saúde (SUS).

Dos 3,2 milhões de medicamentos adquiridos pelo Ministério da Saúde desde março de 2022, 2,7 milhões tinham distribuídos aos estados até janeiro deste ano — mas a procura é baixa, e 472 mil seguiam estocados após quase 15 mil óbitos ao longo de 2023. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Fiquem Sabendo, organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública.

Fabricado pela Pfizer e aprovado, o Paxlovid, composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, é recomendado para pessoas consideradas de risco com casos leves ou moderados da doença, nos cinco primeiros dias de sintoma. O medicamento reduz em até 90% a chance de hospitalização nesses casos.

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