Como a tecnologia é usada no Japão para tentar conter epidemia de “morte solitária”
À medida que a população envelhece, o Japão vive um fenômeno que surgiu na década de 1980 e que está cada vez mais comum: o ‘Kodokushi’, ou “morte solitária” — oficialmente definido como aquele em que “uma pessoa morre sem ser cuidada por ninguém, e cujo corpo é encontrado após um certo período”. Segundo um relatório recente da agência policial nacional, cerca de 68 mil pessoas devem morrer sozinhas e despercebidas em 2024. Nos últimos dados, de 2011, o número era de 27 mil — ou seja, mais que dobrou.
Só nos primeiros três meses deste ano, quase 22 mil japoneses estiveram nesta mesma situação — sendo que cerca de 80% delas tinham 65 anos ou mais. Tokiwadaira, na cidade de Matsudo, foi a primeira comunidade a vivenciar o fenômeno duas décadas atrás, com a descoberta de um homem cujo corpo morto estava deitado em seu apartamento sem ser notado por três anos. O que se sabe é que seu aluguel e contas foram pagos automaticamente, e sua morte foi notada apenas quando suas economias acabaram.
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