Eles escolheram Brasília para viver e contam suas histórias de amor à cidade
Brasília não é apenas um símbolo de modernidade e planejamento urbano, mas um farol de esperança e um porto seguro para milhares de pessoas que, em busca de uma vida melhor, escolheram a cidade como novo lar. Desde sua inauguração, em 1960, a capital tem atraído pessoas de todas as partes do país, oferecendo oportunidades únicas e transformadoras. O Correio mostra histórias de quem escolheu o quadradinho recomeçar.
Segundo levantamento do IPS Brasil 2024, Brasília está no topo de cidades com melhor qualidade de vida. Seguida por Goiânia, Belo Horizonte, Florianópolis e Curitiba, a capital do país se destaca com as maiores notas nos quesitos acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, qualidade do meio ambiente, direitos individuais, liberdades individuais e de escolha e acesso à educação superior.
De acordo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) de 2021, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), o DF tinha um total de 887.860 habitantes que vieram de outro estado, especialmente de Minas Gerais, da Bahia, de Goiás e do Maranhão (veja abaixo).
Novo capítulo
Juliana Jacinto, 43 anos, veio de Goiânia, onde nasceu, com um sonho: expandir as oportunidades. Atualmente, mora no Lago Sul e é CEO do maior festival de rock e motos da América Latina, o Capital Moto Week. “Venho de uma família calorosa, amorosa e, ao mesmo tempo, muito guerreira e batalhadora, principalmente por parte da minha mãe. Eu me formei em administração em Goiânia e vim pra cá em 2006 com uma proposta de abrir a filial de uma empresa de eventos e criar uma rede de contatos”, conta.
Juliana enfrentou desafios ao chegar à capital. “Foi uma trajetória solitária. Eu me senti distante de tudo. Mas, como tinha me proposto a estar aqui, coloquei na minha cabeça que ia fazer acontecer. Como sempre, minha mãe me apoiou muito. E esse apoio foi fundamental para que eu permanecesse aqui”, diz. “Em Goiânia, as pessoas são calorosas, sempre se cumprimentam. Quando aqui, eu entrava no elevador, por exemplo, e as pessoas não respondiam um ‘bom dia’. Isso me causou estranheza. Então, tive certa dificuldade para me sentir incluída”, relembra, acrescentando que, agora, entende o jeito candango e ama tudo em Brasília.
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