Quem era o turista brasileiro que morreu dentro do trem durante viagem no Peru

Quem era o turista brasileiro que morreu dentro do trem durante viagem no Peru

Alegre, companheiro e bastante aventureiro. Assim que Cledersom Marques, de 37 anos, foi descrito por colegas de trabalho e pela família. O professor de matemática morreu na sexta-feira (12), após um mal súbito em uma viagem de trem entre Machu Picchu e Ollantaytambo, no Peru.

Cledersom viajou ao país andino de férias na companhia de dois amigos, também professores, que trabalhavam com ele na mesma instituição de ensino, a Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Pedro Bordignon Neto, em Orlândia (SP).

A mãe dele, Berenice Januário Marques, disse que o filho não tinha qualquer problema de saúde.

A suspeita é de que o professor morreu porque passou mal com a altitude do local. Cusco, a cidade peruana onde ele estava, fica a 3.400 metros acima do nível do mar.

Os três professores desembarcaram em Lima no dia 6 de julho. Na quarta-feira da semana passada, quatro dias depois de visitarem a capital do país, seguiram para Cusco.

A partir de quinta-feira (11), Cledersom começou a sentir alguns sintomas por conta da altitude.

No dia seguinte, sexta-feira (12), quando a viagem de trem entre Machu Picchu e Ollantaytambo estava marcada, Cledersom optou por participar para ver se melhorava, uma vez que o trajeto os levaria a um ponto mais baixo.

“No trem, ele passou mal. Convulsionou, teve parada [cardiorrespiratória], tentaram reanimá-lo por 40 minutos, mas infelizmente ele veio a óbito”, contou ao g1 Nathalia de Almeida Cantasini Lourençato, diretora da escola onde Cledersom lecionava.

g1 entrou em contato com um dos professores que estava com Cledersom na viagem, mas, abalado, ele preferiu não dar entrevista.

Cledersom viajava frequentemente pela América do Sul, mas era a primeira vez que visitava o Peru.

A diretora da escola onde ele trabalhava disse que foi informada da morte por um dos amigos do professor, que contou a ela o que aconteceu.

“Ele já estava passando mal lá, dor de cabeça, sonolência. E aí ele passou mal dentro do trem, eles estavam indo para Machu Picchu. Apesar de ele não estar bem, como eles iam descer de altitude, que eles estavam a 4 mil metros, iam pegar esse trem e descer um pouco de altitude, ele falou ‘ah, eu vou, porque, às vezes, descendo um pouco a altitude, eu melhoro'”.

Ainda segundo Nathália, o professor tinha passado por atendimento médico do seguro-viagem um dia antes de morrer.

“Já tinha passado com uma médica do seguro-viagem, ela tinha dado remédio e falado que realmente podia ser esse mal da montanha, da altitude. Mas aí no trem ele passou mal, convulsionou, teve parada [cardiorrespiratória], tentaram reanimá-lo por 40 minutos, mas infelizmente ele veio a óbito”.

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