“Pai da internet no Brasil” avalia por que apagão não afetou tanto Brasil e quais os riscos futuros
Na sexta-feira (26) faz uma semana do apagão cibernético que deixou o planeta ‘travado’ por conta de uma atualização problemática da empresa de cibersegurança, CrowdStrike, que afetou o sistema de computador Windows e o serviço em nuvem Azure, da Microsoft.
A pane travou computadores e prejudicou vários serviços pelo mundo – de aeroportos, hospitais até emissoras de televisão. Segundo balanço apresentado pela Microsoft, 8,5 milhões de dispositivos foram afetados.
Apesar de a falha ter sido originada por uma atualização pequena do programa de cibersegurança CrowdStrike Falcon, a Microsoft não apontou um responsável direto pelo apagão.
O SBT News conversou com Demi Getschko, engenheiro elétrico reconhecido como um dos “pais da internet brasileira”, para entender a falha, por que ela afetou menos o Brasil e quais as chances de algo semelhante se repetir.
Getschko é diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), organização responsável pela gestão da internet brasileira, e foi um dos responsáveis por fazer a primeira conexão TCP/IP do Brasil, em 1991,
O especialista relembra que não há indícios de ação de hackers ou de programas maliciosos na falha do CrowdStrike, mas alerta que a concentração do mercado de tecnologia e a dependência de poucas empresas gera uma fragilidade inerente.
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