O fiasco da comida vegetariana nas Olimpíadas
“As Olimpíadas 2024 serão as mais amigáveis aos vegetarianos da história”, prometeram diversos sites da causa nas semanas anteriores à abertura dos jogos olímpicos, na última sexta (26). Sua fonte principal era um documento de julho de 2022 produzido pelo comitê organizador com o título “Celebrando o sabor moderno da França: a visão alimentar de Paris 2024”.
A comida seria “mais baseada em plantas, mais local, mais sustentável”, disse no documento o presidente do comitê, Tony Estanguet. “Adicionar mais ingredientes de origem vegetal à comida é a forma mais eficaz de reduzir a pegada de carbono do serviço de bufê”, afirmou o documento, cujo plano envolvia “reduzir a quantidade de proteína animal nas refeições” e “aumentar a variedade de comida vegetariana gostosa e atraente”. O problema é justamente esse: a ameaça foi cumprida.
“As equipes estão saindo da Vila Olímpica” por causa da falta de proteína, disse à Sky Sports Radio o australiano Michael Clarke, jogador de críquete. Ele afirmou que competidores olímpicos de múltiplos esportes estavam descontentes com as opções do cardápio, 60% das quais são vegetarianas, e que “um levantador de peso ouviu que ele não podia pegar mais que dois pedaços de cordeiro… o cara pesa 120 kg, se ele quer 15 pedaços, deem para ele”.
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