Grandes empresas do agronegócio lançam primeiro consórcio de agricultura regenerativa da América Latina
A agricultura da América Latina vai iniciar uma nova era sustentável com o lançamento do primeiro Consórcio de Agricultura Regenerativa da região, o Reg.IA. Fruto da colaboração entre as referências do agronegócio Agrivalle, Bayer, BRF, GAPES e Produzindo Certo, o consórcio visa fomentar práticas sustentáveis que valorizem a produção agrícola no mercado e promovam um impacto positivo no meio ambiente.
O principal objetivo da aliança é somar toda a expertise dos envolvidos, baseada no repertório de práticas sustentáveis na agricultura, para encontrar um protocolo com valor agregado para o agricultor e indústria e ao mesmo tempo viável e legitimado pelo mercado e sociedade. O Reg.IA nasce como uma iniciativa inovadora, comprometida em transformar a agricultura latino-americana por meio da adoção de práticas regenerativas.
A Produzindo Certo será a responsável pela implementação das ações junto aos produtores, promovendo a integração com empresas, universidades e entidades de pesquisa. Além disso, por meio de sua plataforma, digitalizará a sustentabilidade das propriedades ruais, trazendo transparência ao mercado para que as práticas regenerativas sejam valorizadas. “Tirar do papel o consórcio Reg.IA, se tornou possível graças aos nossos parceiros. Juntos, uniremos esforços com os produtores para apoiá-los na implementação de práticas regenerativas. Com parte das fazendas já engajadas em nossa plataforma que combina sustentabilidade e tecnologia, veremos um impacto significativo na sustentabilidade agrícola da América Latina nos próximos anos”, afirma Aline Locks, CEO da Produzindo Certo.
Cabe à Bayer prover o uso de ferramentas que embasem decisões e mensurem os reais ganhos alcançados com a adoção do protocolo, a exemplo do Módulo de Recomendação Guiada para a construção de planos de manejo focados no sequestro de carbono no solo e redução das emissões de gases de Playvolume efeito estufa nas operações, assim como a Footprint PRO Carbono, desenvolvida em parceria com a Embrapa, para o cálculo da pegada de carbono de produtos agrícolas em sistema de produção atendendo a particularidades brasileiras. “Para compreender o impacto das práticas regenerativas na agricultura tropical é necessário somar esforços e considerar ferramentas e modelos compatíveis com as particularidades da agricultura brasileira, e que sejam operacionalmente viáveis, com um custo acessível e reconhecido pelo mercado”, resume Renata Ferreira, Gerente de Novos Negócios de PRO Carbono.
A BRF desempenha um papel fundamental no consórcio, valorizando as práticas regenerativas. A empresa está comprometida em pagar um prêmio de 2% nas sacas de soja produzidas nas propriedades participantes do Reg.IA e comercializadas com a BRF. “Ter um compromisso claro com o combate ao desmatamento, a conversão da vegetação nativa e a redução do impacto nas mudanças climáticas, respeitando os direitos humanos e promovendo a agricultura regenerativa, é um passo fundamental para alcançar resultados sólidos em prol do meio ambiente e das pessoas”, conta Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da BRF e da Marfrig.
Já a Agrivalle estará focada no papel de trazer novos insumos sustentáveis que possibilitem a regeneração do nosso solo. “Ficamos muito felizes em fazer parte desta iniciativa ímpar, pois ela já existia em nosso DNA como Empresa. Trabalhar produtos inovadores e disruptivos que possibilitem o nosso Agricultor a produzir mais, regenerando seu solo e garantindo que as próximas gerações de pessoas possam ser alimentadas com produtos mais saudáveis. Essa é a nossa visão!” resume Max Fernandes, atual COO da Agrivalle.
O GAPES, o Grupo Associado de Pesquisa do Sudoeste Goiano, uma instituição de caráter técnico, científico e social que promove pesquisas, com vista à aplicação de novas tecnologias e processos de produção regenerativos, sustentáveis e rentáveis integrará ao comitê técnico do Reg.IA, que discutirá o protocolo de agricultura regenerativa. O grupo também fomentará a aplicação do protocolo em suas propriedades associadas. “Queremos ser protagonistas na construção dos parâmetros da agricultura regenerativa”, ressalta Wendy Peeters, Diretora de ESG do GAPES.
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