Economia do cuidado: um pilar para a justiça social
As economias e as sociedades globais dependem profundamente do trabalho de cuidados, tanto o remunerado como o não remunerado, para o seu funcionamento e progresso. Desde o atendimento às necessidades físicas, emocionais e psicológicas de crianças e adultos, até serviços como saúde e educação, o cuidado é essencial em todas as fases da vida.
Esse trabalho é realizado em diferentes ambientes: em residências, por instituições estatais, organizações sem fins lucrativos e empresas privadas. No entanto, a forma como esses cuidados são prestados e recompensados tem um impacto profundo na igualdade de gênero e no desenvolvimento social e econômico.
Em reconhecimento da sua importância, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 29 de outubro como o Dia Internacional do Cuidado e Apoio. Essa data procura sensibilizar para o papel central dos cuidados nas nossas sociedades e promover uma mudança necessária na sua organização e valorização.
A economia do cuidado, que abrange o trabalho de cuidados remunerado e não remunerado, foi destacada como uma necessidade urgente durante a pandemia da covid-19. Essa crise expôs a fragilidade dos atuais sistemas de cuidados, revelando que o bem-estar das pessoas e o funcionamento das economias dependem em grande parte do trabalho invisível que sustenta a vida cotidiana. O desafio que enfrentamos hoje é claro: devemos repensar a economia do cuidado, colocando as pessoas no centro das políticas e do desenvolvimento sustentável.
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