Mappin: o que aconteceu com uma das maiores lojas do Brasil no século 20
Só quem já ouviu (e sabe de cor e salteado) o jingle “Mappin, venha correndo, Mappin, chegou a hora!” sabe o quanto a loja de departamentos Mappin foi icônica. Principalmente em São Paulo no século passado.
A rede de lojas de departamentos, que por décadas ocupou a esquina da Praça Ramos de Azevedo, em São Paulo,marcou gerações por unir um ambiente de compras sofisticado a um modelo acessível para as classes médias, transformando-se em um dos maiores símbolos do varejo brasileiro do século 20.
Fundada em 1913, a loja começou focada em produtos importados e luxuosos, mas logo mudou seu modelo ao perceber o potencial de atrair um público mais amplo.
Nos anos 30, foi pioneira aointroduzir o crediário,uma revolução no comércio brasileiro que facilitava o acesso da população a bens que antes só eram acessíveis à elite.
Dessa forma, a marca se popularizou e passou a ser frequentada por todos, especialmente nas campanhas de liquidação que já eram um verdadeiro evento paulistano.
Qual é a história do Mappin
O Mappin foi trazido por empresários ingleses, que já tinham negócios em São Paulo, e se instalou primeiramente na Rua 15 de Novembro.
Inspirada nos grandes magazines franceses, a loja começou vendendo roupas e artigos importados voltados à elite paulistana. Foi também uma das primeiras a apostar em vitrines de vidro e etiquetas de preço, algo ainda inédito no comércio brasileiro.
Com a crise econômica de 1929, a loja entendeu que era hora de ampliar o leque de clientes. Para isso, a diretoria trouxe uma mudança radical,ampliando o crediário e marcando preços nas vitrines,práticas inovadoras para atrair um público mais popular.
Esse movimento garantiu a expansão da marca, que em 1939 se transferiu para um grande prédio na Praça Ramos, em frente ao Teatro Municipal. Ali, o Mappin se tornaria um verdadeiro símbolo do comércio paulistano.
Share this content: