30 de março – Dia Mundial do Transtorno Bipolar: você conhece a doença?
Trinta de março é o Dia Mundial do Transtorno Bipolar. Uma iniciativa que promove a conscientização e o incentivo ao financiamento de pesquisas sobre a doença. Conforme os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a patologia afete por volta de 140 milhões de pessoas ao redor do planeta.
O transtorno bipolar é caracterizado por mudanças bruscas de humor, com alternâncias entre períodos de depressão e de euforia – dividindo-se esta última em “mania” e “hipomania”, conforme a intensidade do sintoma – ou com a prevalência de sentimentos mistos.
De acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), pacientes com a doença têm chances maiores de atentarem contra a própria vida do que pessoas que sofram com outros distúrbios mentais.
De acordo com a psiquiatra da Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fernanda Benquerer, alguns fatores dificultam o diagnóstico da doença. “Ainda encontramos muita resistência das pessoas em procurarem auxílio profissional especializado, devido ao estigma que os transtornos mentais ainda carregam. Além disso, muitas vezes, o diagnóstico é realizado após algum tempo de acompanhamento, o que nem sempre é realizado”, explica.
O quadro depressivo engloba um rol vasto de sintomas, como alterações de apetite – resultando em ganho ou perda de peso –, tristeza, apatia, perda de interesse por atividades antes prazerosas e tendência a se isolar. Também pode ser marcado por fadiga, ansiedade, irritabilidade, agitação ou retardo psicomotor, sentimento de culpa e pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
Em outro extremo, os sintomas da euforia incluem a sensação de intenso bem-estar, hiperatividade, aceleração de pensamento e fala – ocorrendo “fuga de ideias”, quando o indivíduo não consegue manter a linha de raciocínio –, diminuição da necessidade de sono, aumento da energia, da desinibição e da impulsividade. Também são comuns, durante as síndromes maníacas, ocorrências de paranoia e hipersexualidade. É normal pacientes com transtorno bipolar formarem ideações de grandiosidade sobre si mesmos.
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