DF em alerta para crimes ambientais; 39 ações este ano
Maus-tratos a animais e grilagem de terras, isto é, desmatamento em área de proteção ambiental com parcelamento irregular do solo para fins urbanos, são os crimes ambientais mais recorrentes no Distrito Federal, segundo informações da Polícia Civil do DF (PCDF). Poluição sonora e violações em atividades ambientalmente licenciáveis — práticas ligadas à agricultura, à mineração, à indústria, por exemplo — também acumulam infrações, de acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Apesar de dados do Ibram mostrarem que houve redução de 20% das apurações fiscais com infrações ambientais no DF no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023, a situação do Cerrado permanece preocupante. O desmatamento do bioma tornou-se o maior em área do país no ano passado, superando a Amazônia, conforme Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) do MapBiomas, divulgado em maio. Houve 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, um crescimento de 68% em comparação com 2022.
Vitor Sena, biólogo e mestre em ecologia, alerta que, a longo prazo, esses crimes ambientais podem resultar na recorrência de enchentes, deslizamentos de terra, perda permanente de espécies nativas e prejuízos à saúde humana, como a alta na incidência de doenças infecciosas e parasitárias. “O Cerrado é um bioma resiliente, porém a frequência e a magnitude das queimadas e do desmatamento criam barreiras à sua recuperação”, comentou.
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