Eletrodos implantados em jovem com a ‘pior dor do mundo’ custam R$ 300 mil; veja detalhes
Os neuroestimuladores implantados para bloquear a “pior dor do mundo” em Carolina Arruda, que tem neuralgia do trigêmeo, estão avaliados em aproximadamente R$ 300 mil, segundo o médico Carlos Marcelo de Barros, responsável pelo tratamento da jovem na Santa Casa de Alfenas. Os eletrodos, implantados na base do crânio e na medula da paciente, foram doados.
A estimativa é referente apenas aos dispositivos e não envolve custos com aplicação. O médico, que também é presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED), afirma que o valor pode variar significativamente de acordo com a região do país devido à logística dos distribuidores.
No caso de Carolina, foram implantados dois neuroestimuladores avaliados em cerca de R$ 150 mil, cada um. Esses eletrodos possuem geradores de energia e são controlados por um aplicativo conectado via bluetooth.
Carolina Arruda não paga nada pelo tratamento. Além dos eletrodos, os geradores e outros itens que são considerados Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs) também foram doados, mas o nome do doador é mantido sob sigilo.
De acordo com o hospital, apenas a internação clínica e os serviços hospitalares – como os instrumentos cirúrgicos usados no implante – são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O tratamento desta paciente está sendo realizado através do SUS (internação clínica e serviços hospitalares). E apesar de haver custos não cobertos pelo SUS, referentes a OPMEs, a paciente não terá nenhum custo durante o tratamento e toda equipe médica envolvida direta e indiretamente não receberá honorários”, consta no documento sobre o tratamento divulgado pelo hospital.
Segundo o médico Carlos Marcelo, se fossem cobradas outras despesas médicas como consultas, exames, diárias no hospital e medicamentos, aumentaria em até R$ 100 mil os custos dessa primeira alternativa de tratamento. Assim como os neuroestimuladores, esses valores também são estimados.
Quanto ao dinheiro arrecadado na campanha em busca da eutanásia, Carolina Arruda diz que deve preservá-lo até ser possível avaliar o resultado do tratamento. O montante arrecadado chegava a R$ 137 mil, de uma meta estimada em R$ 150 mil, até a tarde de terça-feira (31).
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