Dengue: governo e população destacam ações para combater o mosquito

Dengue: governo e população destacam ações para combater o mosquito

Uma das grandes preocupações com o início do período de chuvas no Distrito Federal é a dengue. Dados do boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Saúde (SES-DF) mostram que, até 30 de setembro de 2024, 275.251 casos prováveis de dengue foram registrados, aumento de 904,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 27.396 possíveis infectados. A disparada aconteceu por causa de uma epidemia da arbovirose, vivida na capital do país no início deste ano.

De janeiro a setembro, 440 pessoas morreram de dengue, segundo o boletim da SES-DF. Porém, desde 10 de agosto, não há registros de mortes causadas pela dengue, de acordo com os dados da pasta de saúde. Em um recorte menor, os números da Secretaria de Saúde mostram que, entre os dias 30 de junho e 28 de setembro de 2024, o Distrito Federal computou 2.737 casos de dengue, uma queda de 47,3% em relação aos 5.195 casos do mesmo período de 2023.

Segundo o professor de epidemiologia da UnB, Walter Ramalho, o número atual é relativamente menor, mas fatores climáticos precisam ser considerados. “Este ano tivemos um regime de seca muito severa e agora estamos no início da estação chuvosa, o que pode mudar o cenário em relação à dengue”, ressalta.

O especialista explica que a temperatura elevada acelera o ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue, encurtando o período de incubação em cinco a seis dias, em média. “Isso significa que os ambientes mais quentes, junto ao início do período de chuvas, favorecem e aumentam a densidade de insetos no ecossistema urbano do DF”, esclarece. “A população precisa observar seu domicílio, prestando atenção ao seu redor. O problema do mosquito é, em parte, governamental, e também de todos os cidadãos”, alerta o epidemiologista.

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