ISO da inovação traz para empresas mais investimentos e novos negócios
A inovação é fundamental para as empresas que buscam competitividade e relevância no cenário mundial, mas nem sempre é fácil medir o grau de maturidade de cada organização e identificar se, de fato, ela aposta em pesquisa e desenvolvimento tecnológico de forma consistente. Neste sentido, a publicação da ISO 56.001 permitirá que organizações de diversos países possam conversar na mesma linguagem. O selo funciona como uma garantia de qualidade, atestando que as certificadas têm um compromisso sério e duradouro com a gestão de inovação, trazendo confiabilidade para novos negócios.
A certificação trará vantagens estratégicas, como atrair investimentos, parcerias e talentos. Além disso, poderá impulsionar empresas brasileiras a conseguir uma posição mais relevante no ranking mundial da competitividade. Recentemente, o país perdeu duas posições no levantamento feito pelo International Institute for Management Development, que compara os esforços de 67 nações, passando para o 62 lugar, à frente apenas de Nigéria, Gana, Peru, Argentina e Venezuela.
Para aderir à ISO 56.001, no entanto, é preciso que as empresas brasileiras mudem sua mentalidade e tenham uma gestão da inovação realmente eficaz. O principal entrave, neste setor, costuma ser a falta de cultura organizacional voltada para o tema. É fundamental que todos os níveis, dos funcionários aos gestores, estejam engajados e comprometidos com o desenvolvimento e implementação de soluções disruptivas, que agreguem valor ao negócio e à sociedade. Sem o entendimento interno de que a inovação precisa ser sistemática e adotada em todas as esferas, a resistência dos colaboradores é maior, comprometendo todo o sistema.
As próprias normas da ISO 56.001 já são funil para as empresas: terão dificuldades em avançar as que não têm um sistema de governança que inclua comitês e processos formais para a gestão de portfólios, definição de métricas e indicadores de desempenho da inovação eficazes, alocação de recursos adequados para que os projetos não sejam apenas temporários, mas sustentáveis e de longo prazo. A certificação também exige que as candidatas tenham capacidade de adaptação a mudanças no ambiente externo.
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